A cada dia que passa, as pessoas estão mais preocupadas com o corpo. Seja por saúde ou beleza, seja por estética ou vaidade. Um tema sempre presente é cuidar da alimentação para obter uma vida saudável.
Quando se começa uma dieta ou procura informação sobre como emagrecer de uma vez por todas, sobre como manter e controlar o peso, o importante é não radicalizar nada, principalmente quando se trata de emagrecimento.
Para algumas pessoas a ideia do “magro” não pode ser aliada à falta de nutrientes importantes ao organismo. Não vale a pena ter pressa e nem arriscar a tanto saúde.
O ideal é adotar uma boa alimentação para chegar seu ao objetivo levando uma vida saudável e equilibrada.
Cada um na sua
Não há uma receita universal para todas as pessoas, não há uma única dieta que sirva para todo mundo. As dietas devem respeitar as particularidades de cada indivíduo. A alimentação deve ser equilibrada e oferecer todas as substâncias necessárias e vitais para o nosso corpo manter seu bom funcionamento, evitando também doenças.
De acordo com a dra. Lorença Dalcanale, nutricionista do Centro de Cirurgia Obesidade e Metabólica, uma boa alimentação é importante para todo ser humano.
“É a partir dos alimentos que o organismo retira os nutrientes indispensáveis para seu crescimento e desenvolvimento, manutenção de tecidos, resistência às doenças, entre tantos outros aspectos”, explica a nutricionista.
O alimento certo e o prazer de comer
Comer é um dos prazeres da vida. Portanto dentro dessa alimentação saudável, não se pode deixar de lado o prazer junto às refeições. Valorizar o alimento, levando em conta seu gosto, cor, forma, aroma, textura é muito importante quando se vai escolher o cardápio.
A pessoa interessada em levar uma vida saudável se preocupando e mudando hábitos alimentares pode e deve favorecer, mentalmente e fisicamente falando, o consumo de alimentos pouco saudáveis para os saudáveis, respeitando suas preferências.
Não é preciso abrir mão de qualquer alimento! O que precisamos é relacionar esses alimentos, claro que acompanhados de um profissional da área e, redirecioná-los em nosso favor, nas refeições diárias.
Dessa forma, não há sofrimento e o prazer saudável imperará. Porque não há nada pior do que sermos proibidos de consumir certos alimentos ou petiscos.
Na verdade, nós temos de encarar essas mudanças da forma mais natural possível, sem radicalismos, como foi dito anteriormente. Só dessa forma nos acostumaremos com nosso novo estilo de vida, sem neuras.
Colorido + Variedade = Saúde e Sabor
Uma das características principais é o sabor nas refeições. Uma alimentação boa e rica precisa ser saborosa. Só assim nós teremos prazer em degustar e não teremos medo de repetir em um outro dia.
Outra característica importante nessa prática saudável é a variedade e o colorido dos alimentos no prato. Quanto mais colorido e variado for o prato, maior será a gama de vitaminas e minerais que estamos ingerindo.
“Uma boa maneira de equilibrar a montagem da refeição é dividi-la em três partes iguais: uma deve conter saladas, verde e de legumes, outra deve conter os carboidratos e a última porção de proteína. Tudo isso regado com pouco azeite (uma colher de sobremesa) e pouco sal”, explica a dra. Lorença.
Incentivar o consumo de vários tipos de legumes, verduras, grãos, além de evitar a monotonia das refeições, faz com que nós tenhamos acesso a todos os elementos necessários a uma alimentação adequada, sem passar por risco de desnutrição e de prejudicar nossa boa saúde.
Regrinhas básicas
Então, para recapitulamos essas características fundamentais, vamos recorrer à dra. Lorença, que nos trouxe três regras básicas para a alimentação balanceada.
- Variedade: não existe um alimento que contenha todos os nutrientes necessários para uma boa saúde. Portanto, devemos variar ao máximo os alimentos para que o organismo possa absorver os mais diversos nutrientes.
- Moderação: todos os alimentos podem ser consumidos, desde que com muita moderação. É primordial uma boa distribuição entre os grupos de alimentos (carboidratos, proteínas e gorduras).
- Qualidade: significa comer mais alimentos que contêm vitaminas, minerais e fibras, como frutas e verduras e, diminuir o consumo dos que possuem calorias “vazias”, como biscoitos, alimentos industrializados e refrigerantes.
O saudável e o não saudável
Certo. Agora que já sabe as regrinhas básicas explicadas pela nutricionista, você deve estar se perguntando o que é alimentação saudável, não é?
É bacana consumirmos alimentos light, diet ou outros de baixa caloria? Carne vermelha é prejudicial e devemos então nos limitar ao peixe? Consumir leite, iogurte e outros laticínios vai me prejudicar? Fazer dieta somente de carboidratos ou só proteínas me fará perder peso?
As opções ditas “saudáveis” hoje em dia são tantas, acompanhadas de várias opiniões e pontos de vista que fica praticamente impossível decidirmos o que devemos “achar” saudável ou não.
A importância de um profissional
Antes de tudo o que devemos fazer para que essas perguntas tenham as respostas adequadas? Decidindo reorganizar nossa alimentação, devemos consultar um profissional. Nada de “achismos”, já que provavelmente poderemos mais nos prejudicar em vez de nos ajudar.
De acordo com a dra. Lorença, as pessoas tentam praticar dietas milagrosas, que alguém que conhecemos fez ou que viram “moda” na mídia de forma geral. Esse é um erro comum.
“Essas dietas normalmente funcionam por um período e só devem ser usadas por, no máximo, 15 dias, exatamente pelo motivo de serem difíceis de serem adaptadas a um estilo de vida saudável”, explica a dra. Lorença.
Além disso, essas dietas podem trazer muitas restrições, de calorias como de certos grupos de alimentos. “Por exemplo, a dieta é só focada em proteína, excluindo os carboidratos, que são fundamentais”, ressalta a nutricionista.
Portanto, meninas, cuidado. As dietas devem ser administradas com muita cautela e somente serem seguidas com o acompanhamento e supervisão médica.
Quantidade adequada
Devemos ter em nossa alimentação uma quantidade correta de proteína, gordura e carboidrato em cada uma das refeições para mantermos uma dieta saudável. Não existe essa quantidade ideal de cada substância citada acima por refeição.
“O ideal é que a alimentação do dia respeite uma porcentagem de 60% de carboidratos, 10 a 15% de proteínas e, no máximo, 20% de gorduras, distribuídas de forma equilibrada em cinco a seis refeições diárias”, explica dra. Lorença.
Frutas no cardápio
É melhor se ingerirmos uma fruta do que se tomarmos seu suco. A dra. Lorença explica que para fazer um copo de suco natural é necessário mais de uma unidade de fruta.
“O suco destrói as fibras da fruta”, salienta a nutricionista. Um bom exemplo é que em uma refeição se consegue tomar um copo de suco de laranja, mas não se come de três a quatro laranjas. Dessa forma é preferível comê-la.
Lendas e verdades
Quem já não ouviu por aí a seguinte frase: “Tome café como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo”? Pois é! Incrementar uma refeição em detrimento a outra não é a melhor opção.
Primeiro que você pode se empanturrar logo pela manhã e, depois, no intervalo do café e do almoço não fará uma pausa para uma fruta e, assim sucessivamente, entre o almoço e o jantar.
Quando chega na hora do jantar, você pode ficar com fome e acabar atropelando sua necessidade física e o bom funcionamento do organismo.
Para que você consiga emagrecer ou manter a forma, não é ideal que você “turbine” as refeições e nem as pule. Ficar sem jantar ou comer pouquíssimo, como um “mendigo”, não emagrece.
“Não é aconselhável ficar sem jantar. Longos períodos de jejum desaceleram o metabolismo e priorizam perda de músculo. Além disso são um gatilho para compulsões e aumento da voracidade e descontrole na alimentação”, explica dra. Lorença.
Não faça nada sozinha!
Procure uma nutricionista para lhe orientar na busca por uma alimentação bacana, dentro de suas possibilidades diárias. Procure não fazer de sua nova alimentação uma rotina. Troque e manipule os alimentos a seu favor!
